O ministro da Justiça pediu ontem à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República (PGR) que abram
um inquérito para investigar esta charge do Aroeira, reproduzida pelo jornalista
Ricardo Noblat em sua coluna, que associa o presidente Jair Bolsonaro ao nazismo.
Reproduzo aqui trechos da "Carta aberta em
defesa da liberdade artística e ao direito ao humor" assinada pela Associação
dos Cartunistas do Brasil, Associação dos Quadrinistas e Caricaturistas do
Estado de São Paulo, Instituto Memorial das Artes Gráficas do Brasil, Sindicato
dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo:
"A imagem, uma clara alusão a ausência de políticas
sanitárias em plena pandemia causada pelo vírus da Covid-19, mostra uma cruz
vermelha (símbolo da saúde) transformada em uma suástica pelas mãos
autoritárias do presidente. O absurdo da iniciativa fica evidente quando
sabemos que 'O pedido de investigação leva em conta a lei que trata dos crimes
contra a segurança nacional, a ordem política e social, em especial seu art.
26'".
"Como se não bastasse isso, os desenhistas Laerte, João
Montanaro, Alberto Benett e Cláudio Mor estão sendo interpelados na Justiça
pela publicação de cinco charges críticas à violência policial."
"A
função de toda boa charge é a de através do humor refletir e comentar por meio
do desenho os acontecimentos de interesse do cidadão. A charge não é uma
criação do nada, mas sim o termômetro do que o povo fala pelas ruas."
Alguns
cartunistas também prestaram solidariedade:
Quinho
Miguel Paiva
Angel Boligan
Duke
Vitor Teixeira
Julio Cabral
Gilmar
E a nossa solidariedade a Aroeira com a charge de SamPaulo de 1992.
Assine e compartilhe o abaixo assinado em apoio a Aroeira:
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