sábado, 10 de maio de 2025

SamPaulo e outros Papas

Infelizmente, SamPaulo faleceu em 1999 e em várias oportunidades pensamos qual seria a charge ele faria. Então, busco no meu acervo alguma charge antiga relativa à acontecimento semelhante e, quando não encontro, publico trabalhos de outros cartunistas. Mas, hoje, encontrei.

Abraço a todos, Maria Lucia.

junho de 1980

O Papa João Paulo II foi o primeiro papa a beijar o chão ao chegar para visita a um país. Fez isso em sua primeira visita ao Brasil, em 1980, e essa prática se tornou um dos seus gestos mais emblemáticos, sendo repetido em suas viagens subsequentes a diversos países.


1981

Karol Józef Wojtyła, o Papa João Paulo II, era polonês e foi o primeiro papa não italiano em 455 anos.


1982

Durante o papado, João Paulo II sobreviveu a duas tentativas de assassinato, uma em maio de 1981, na Praça de São Pedro, no Vaticano, e outra em maio de 1982, no Santuário de Fátima, em Portugal.

Na primeira, foi atingido por dois tiros diante de milhares de pessoas quando passava em um carro aberto cumprimentando os fiéis.

Na segunda, estava em Fátima para agradecer por ter sobrevivido ao atentado no ano anterior. Um fanático o feriu a com uma baioneta.


1983
João Paulo II, confessa que apoia Lech Walesa, um importante líder político polonês e ativista dos Direitos Humanos e foi um dos fundadores do sindicato Solidariedade e, entre 1990 e 1995, foi Presidente da Polônia. O militar deve ser general Jaruzelski, político e líder de da República Popular da Polônia de 1981 a 1989.
Segundo Walesa, "50% da queda do Muro corresponde a João Paulo II, 30% ao Solidariedade e a Lech Walesa, e apenas 20% ao resto do mundo".


Mas, nem sempre a fumaça branca sinalizou a escolha de um novo Papa. 
                                                   1983
Neste ano, o engenheiro Joao Antônio Dib foi indicado à prefeitura de Porto Alegre pelo governador Jair Soares. A indicação quase três anos. Dib foi o último prefeito a ocupar o cargo sem ter sido eleito.[

sábado, 3 de maio de 2025

3 de maio, aniversário do SamPa

Hoje, meu querido tio Paulo estaria completando 94 anos. Sua gêmea, Theresa, está curtindo o seu aniversário, em Capão da Canoa. 

Parabéns, tia querida!

Pensei em homenagear SamPaulo com uma postagem do amigo Emílio Pacheco em seu blog, publicada em  22 de abril de 2008. Obrigada pelos 198.516 acessos e obrigada Emílio! Um grande abraço a todos, Maria Lucia.

"Relíquia do SamPaulo"

"Pela data de publicação, deve ter sido no verão de 1991 que o chargista Sampaulo estava no balneário de Capão da Canoa, à noite, autografando seu livro "Como Eu Ia Dizendo...", na saudosa Livraria Praiana, na Rua Sepé. Aproveitei para pegar a assinatura do desenhista e falei:

- Queria conseguir o seu primeiro livro.
- Nem eu tenho.
- É da Editora Globo, né?
- É, sim, da Coleção Catavento.
Infelizmente, Sampaulo, que se chamava na verdade Paulo Sampaio (irmão do chargista conhecido como Sampaio), já faleceu. Senão eu poderia dizer a ele como naquele comercial de tesouras infantis que depois teve que ser tirado do ar: "Eu te-nhooooo, você não te-eeeeeem..."

Graças a esta maravilha que é a “Estante Virtual”, depois de meses de buscas incansáveis, finalmente o primeiro livro de SamPaulo, "Humor do 1º ao 5º", já está comigo. O exemplar se encontra em ótimo estado, tendo inclusive um anúncio do curso de inglês Linguaphone encartado e intacto.

O conteúdo é muito melhor do que eu esperava e não é difícil entender por que o livro desapareceu tão rápido: foi editado em março de 1964 e era farto em piadas políticas. SamPaulo publicava seus cartuns no Diário de Notícias e, aparentemente, ainda não havia criado o antológico personagem Sofrenildo.

Tomei conhecimento desse livro na minha adolescência, por um amigo que o tinha. Ele era rádio amador PX (Faixa do Cidadão) e, quando a nossa rodada ficava realmente uma gandaia (o que acontecia com uma frequência acima do normal, devo dizer), ele lia um poema do livro. Eu achava curioso o título: "O Pingüê". Se fosse hoje eu viria correndo pesquisar o significado de "pingüê" na Internet. Na época, nem me preocupei. Deveria ser um termo gauchesco. Ou uma palavra de origem indígena. Ou talvez francesa: "Le Pingouet". Só sei que parecia um nome bem sonoro e exótico. Lembro bem da voz do meu amigo, em tom caricato, anunciando: "O Pingüê". E seguia: "Quando a chuva pinga no meu pago..." Às vezes nós mesmos pedíamos: "Lê aí o Pingüê!"

Anos depois, na Faculdade de Jornalismo, o professor Marques Leonam trouxe o primeiro livro do Sampaulo para a aula. Quando vi do que se tratava, imediatamente pensei em impressonar o mestre com o meu conhecimento de uma obra tão rara. E perguntei
-É esse que tem "O Pingüê"?
Ele confirmou e inclusive trouxera o livro para ler exatamente esse poema, mas deve ter estranhado minha pergunta. Porque o nome não era apenas esse. Por uma limitação de diagramação, o título do poema acabou se dividindo em duas páginas. Na página 71 estava o texto e a primeira parte do título:


Ou seja: o pingüê que sempre me soara tão exótico nada mais era do que a primeira parte do título "O PINGO E A PINGA." Mesmo assim, convenhamos, faltou uma certa "faísca" ao nosso amigo para perceber que o título não poderia ser apenas "O PINGO E". Mesmo quem não conhece a expressão "conjunção aditiva" sabe que o "e" junta duas coisas. Eu e você. A corda e a caçamba. O côncavo e o convexo. O pingo e a pinga. Fiquei um tanto decepcionado em saber que o misterioso pingüê não existia. Era "o pingo e". A pinga estava no verso da página."


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