sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

7 de fevereiro, um dia triste

Há 26 anos em Porto Alegre, SamPaulo nos deixou. Certamente, o dia a dia dos gaúchos ficou mais triste, sem as suas charges diárias e sem as aventuras do Sofrenildo, personagem sofredor criado por ele nos anos 1960. As tirinhas eram publicadas aos domingos no jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, mas lido em todo o Rio Grande do Sul.

Na mesma época, na Rádio Guaiba, o jornalista Flávio Alcaraz Gomes apresentava todas as manhãs um programa de grande audiência. Um dos convidados usuais era o poeta Jayme Caetano Braun (1924-1999), considerado o maior payador* do Estado e um de seus poetas mais importantes. 

                * assim é chamado no Rio Grande do Sul e nos países vizinhos o trovador, que recita poesias improvisadas ou não.

Grande amigo de SamPaulo, o editor Paulo Flávio Ledur, ao revisar um livro com improvisos do poeta, encontrou esta "pérola": 

"E domingo me deu saudade/ O Correio Dominical/ Quando SamPaulo genial/ Me trouxe ali transplantado/ Um Sofrenildo coitado/ Pedindo cola a um fiscal"

Não deve ser referir a esta charge, mas como o tema é o mesmo resolvi postar. Fico imaginando o Sofrenildo pedindo cola para o fiscal da prova, rsrs, tadinho...

  
novembro de 1967

Então, vamos matar a saudade!

dezembro de 1967




 









maio de 1968





- No Correio do Povo, as tiras eram publicadas na vertical.

Mais sobre a morte da SamPaulo:

https://sampaulocartunista.blogspot.com/2024/02/25-anos-sem-sampaulo.html 

https://sampaulocartunista.blogspot.com/2023/02/saudade-do-sampa.html

https://sampaulocartunista.blogspot.com/2021/02/22-anos-sem-sampaulo.html

https://sampaulocartunista.blogspot.com/2019/02/20-anos-sem-sampaulo.html

https://sampaulocartunista.blogspot.com/2016/02/17-anos-sem-sampaulo.html

domingo, 2 de fevereiro de 2025

Nossa Senhora dos Navegantes

Em Porto Alegre, no dia dois de fevereiro, milhares de pessoas se reúnem para homenagear Nossa Senhora dos Navegantes com missa, procissão, festa e muita melancia. Trazida pelos açorianos, há 150 anos esta tradição se repete!

Até 1989, a procissão era no Rio Guaíba com os barcos saindo do cais do porto e levando a imagem da santa até a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes. Com o desastre ocorrido naquele ano, no Rio de Janeiro, com o barco "Bateau Mouche", a legislação se tornou mais exigente e a procissão deixou de ser fluvial. 

São os remadores dos clubes de remo da cidade que conduzem a imagem da santa pelas ruas. A foto é de Jorge Leão, publicada no site do "Brasil de Fato".

A tradição da melancia, é explicada pelo jornalista Walmaro Paz, no mesmo site:
"A coincidência da data com o apogeu da safra de melancias, fez também que a festa ficasse conhecida na zona Norte da Capital como a Festa da Melancia. Os frutos eram trazidos por enormes barcaças que desciam os rios Caí e Jacuí e as vendiam na doca das frutas do porto. Estes mesmos barcos participavam da procissão fluvial que levava a imagem de Nossa Senhora da Igreja do Rosário, no centro histórico, até o cais do porto, e depois num barco acompanhado por centenas de outras embarcações lotadas de pessoas até o cais de Navegantes, onde é hoje a ponte do Guaíba."
SamPaulo, publicou várias charges sobre este festa que já foram postadas:




Sobre o naufrágio do Bateau Mouche: